terça-feira, 24 de junho de 2008

Estudo da Homilética

APOSTILA DE HOMILÉTICA


AULA 01

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HOMILÉTICA

HOMILÉTICA: É a ciência que estuda os princípios fundamentais do discurso em público, aplicados na proclamação do evangelho. Este termo surgiu durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII, quando as principais doutrinas teológicas receberam nomes gregos, como, por exemplo, dogmática , apologética e hermenêutica.

As disciplinas que mais se aproximam da homilética são a hermenêutica e exegese que se complementam.

HOMILETIKE – (Grego) ensino em tom familiar
HOMILIA – (do verbo homileo ) Pregação cristã, nos lares em forma de conversa.
PREGAÇÃO Ato de pregar a palavra de Deus.

Pregação é o ato de pregar a palavra de Deus. Pregador (aquele que prega), vem do latim, “prae” e “dicare” anunciar, publicar. Apalavra grega correspondente a pregador é “Keryx”, arauto, isto é, aquele que tem uma mensagem (Kerygma) do reino de Deus, uma boa notícia, uma boa-nova – evangelho, “evangelion”.

DEUS, A PALAVRA E O MINISTRO



DEUS

               Pregador                                    Ouvinte/comunidade

O pregador dirigi-se a Deus e transmite ao ouvinte a mensagem levando-o a Deus.


Baseando-se em três passagens da vida de Pedro o pregador deve ser:

1 – Aquele que esteve com Jesus - Atos 4:13
2 – Aquele que fala como Jesus – Mateus 26:73
3 – Aquele que fala de Jesus – Atos 40:10

                               A proclamação do evangelho é trazer as Boas Novas da Salvação. Apresentar ao público Jesus Cristo, seus ensinamentos e seu propósito, para isso, é preciso que o mensageiro tenha uma identificação completa com Cristo. Conhecer a Cristo de forma especial é além de ser convertido Ter certeza de uma chamada (missão) específica para o ministério da palavra o que só é possível a aquele que “esteve com Jesus”.

CARACTERÍSTICAS DE UM PREGADOR

SOB O PONTO DE VISTA ESPIRITUAL

                  . Chamado para obra (ordenança) Mt 28:19          
                  . Conhecer Deus Atos 4:13
                  . Ter uma mensagem Atos 5:20
                  . Unção 2 Reis 2.9
                  . Autoridade/ousadia Mc 1:21

SOB O PONTO DE VISTA TÉCNICO

                  . Dom da palavra Rm 12: 6,7.8
                  . Conhecimento da palavra II Tm 2:15
                  . Manejo da palavra II Tm 2:15
                  . Guardar a palavra no coração Sl 119
                  . Instrumento II Tm 2:15

A palavra de Deus afirma que a fé vem pela pregação da palavra e a pregação pela palavra de Cristo”. Rm 10:17. Entretanto, a falta de preparo adequado do pregador, falta de unidade corporal no sermão, falta de vivência real do pregador na fé cristã, falta de aplicação prática às necessidades existentes na igreja, falta de equilíbrio na seleção de textos bíblicos e a falta de um bom planejamento ministerial trazem dificuldades na proclamação da palavra.

ÉTICA NO PÚLPITO
“A primeira impressão é a que fica”;
“Em meio ao desenvolvimento da reunião, atravessa todo o corredor principal, aquele que será o preletor do encontro. Toda atenção está voltada para ele, que observado é dos pés a cabeça.”
Seu comportamento, imagem e exemplo é atributo influente na transmissão da mensagem como um todo. Devemos considerar que, quando existe uma indisposição do ouvinte para com o mensageiro, maior será sua resistência ao conteúdo da mensagem.
Não existe uma forma correta de se apresentar. Esteja de acordo com o local e a ocasião, sobretudo as mulheres. Nos homens o uso do “terno e gravata” é adequado a quase todos os locais e ocasiões.
Como são os membros da igreja que visita? Quais são as características da denominação? Qual é o horário de início e término do culto? Em que bairro se localiza?

Observe com atenção estes aspectos errados que devem ser considerados pelo pregador:

1º Fazer uma Segunda e auto-apresentação;
2º Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;
3º Molhar o dedo na língua para virar as páginas da bíblia;
4º Limpar as narinas, cocar-se, exibir lenços sujos, arrumar o cabelo ou a roupa;
5º Usar roupas extravagantes;
6º Apertar a mão de todos. (basta um leve aceno)
7º Fazer gestos impróprios;
8º Usar esboços de outros pregadores, principalmente sem fonte;
9º Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário vulgar.
10º Não fazer a leitura do texto ( Leitura deve ser de pé)
11º Evitar desculpas, você começa derrotado ( não confundir com humildade);
12º Chegar atrasado;

O pregador não precisa aparecer.

Quando convidado para pregar em outras igrejas, o pregador deve considerar as normas doutrinárias, litúrgicas e teológicas da igreja em questão.

1 – Evite abordar questões teológicas muito complexas;
2 – Não peça que a congregação faça algo que não esteja de acordo com os preceitos;
3 – Procure estar dentro dos padrões da denominação;
4 – Procure dar conotações evangelísticas a mensagem;
5 – Respeite o horário ( mesmo que seja pouco tempo );
6 – Converse sempre com o Pastor antes do início do culto.

Obs.A) Caso não concorde com alguns aspectos, não aceite o convite.
        B) Doutrina e mudanças cabem ao pastor da igreja
        C) Se acredita Ter recebido uma mensagem de Deus dentro desses aspectos: Fale com o Pastor.

AULA 02

ESTRUTURA DO SERMÃO

Qualquer explicação requer organização, ordenação, lógica e clareza. Sendo o sermão uma explicação da palavra e vontade de Deus esse deve ser didático. A prática de pregações através dos tempos levou o estudiosos do assunto a relacionarem alguns elementos básicos que devem estar presentes nos sermões, dando a eles uma estrutura que facilita o desenvolvimento da mensagem. Esses elementos, Alvo, texto, tema, introdução, corpo, conclusão e apelo compõem o que chamamos de estrutura do sermão são imprescindíveis pois norteiam a linha de pensamento do pregador direcionando o ouvinte para o conteúdo da mensagem.

ALVO OU OBJETIVO – Neste momento do sermão, o objetivo ou assunto , o pregador deverá ser inspirado por Deus. É exatamente aqui que ele recebe a mensagem que tem a pregar e a partir deste ponto estruturá-la para levar a igreja. Se você não tem nada para falar, não fale nada. Se o Espírito Santo lhe der algo a falar, fale, mas fale direito.

TEXTO BÍBLICO – O assunto do sermão deverá ser baseado em um texto bíblico.

TEMA – Para que o ouvinte possa Ter uma idéia do que você tem a falar é imprescindível o emprego de um tema. O ouvinte realmente estará adentrando no seu sermão.

INTRODUÇÃO – Começar bem é provocar interesse e despertar atenção. Aproximar o ouvinte do sermão e dar a ele uma noção ou explicação do que vai ser falado.

CORPO - Essa é a principal parte. Onde deverá está o conteúdo de toda mensagem, ordenado de forma lógica e precisa.

Neste ponto também deverão ser abordadas algumas aplicações utilizadas durante o sermão como, ILUSTRAÇÕES, FIGURAS DE LINGUAGEM, MATERIAL DE PREPARAÇÃO.


CONCLUSÃO – “Uma conclusão desanimada, deixará os ouvintes desanimados”. Baseados no objetivo específico do sermão a conclusão é uma síntese do mesmo e deve ser uma aplicação final à vida do ouvinte.

APELO – Um esforço feito para alcançar a consciência, o coração e a vontade do ouvinte. São os frutos do sermão.

OBJETIVO, ALVO E ASSUNTO

O objetivo da homilética, de uma forma geral, é a conversão, a comunhão, a motivação e a santificação para vida cristã.
O assunto de uma mensagem é algo particular entre o pregador e Deus.
Para ter assunto é preciso viver em comunhão e oração para que o Espírito Santo possa falar em seu coração.
A grande questão é: como Deus fala conosco? A forma de Deus falar é individual e peculiar.
Algumas pessoas acreditam que Deus fala somente de forma sobrenatural. Entretanto, Deus pode falar com você de todas as formas possíveis, fique atento, inclusive aquelas que você menos imagina. No ônibus, em casa, no trabalho, no banho, lendo a bíblia, olhando a paisagem, ouvindo uma mensagem, conversando, pensando, através de pessoas ou coisas, em sonho, em revelação, no meio de uma crise, ouvindo testemunhos, através de crianças, ouvindo uma música, em seu lazer, em um acidente, uma lição de vida, viajando, etc.

O QUE FALAR QUANDO CONVIDADO PARA PREGAR EM :

       * CONGRESSOS E CONFRATERNIZAÇÕES
Neste caso os assuntos são apresentados pelos organizadores do evento. Para o pregador, o desafio está em desenvolvê-lo. Tenha intimidade com Deus para transmitir exatamente o que Ele quer falar.
Embora exista um tema, normalmente, este é geral, podendo o pregador ser mais específico.

Exemplo: TEMA DO CONGRESSO: “A videira verdadeira” João 15: 1 a 8

Você pode falar sobre: “Como o cristão pode Ter uma vida frutífera” , “Por que o cristão deve Ter uma vida frutífera?” ou até mesmo , “Os frutos da videira na vida do cristão”, utilizando outros textos e inserindo um subtema.

* DATAS COMEMORATIVAS/ CULTOS ESPECIAIS

Situações onde o assunto é uma explicação do momento. São cultos realizados em virtude de acontecimentos específicos na igreja local.

Dentre os cultos especiais podemos destacar:

· Casamento
· Natal
· Aniversariantes
· Dízimos
· Batismo
. Consagração
· Aniversário da Igreja
· Posse
· Cultos dos departamentos ( Juventude, irmãs, crianças, etc.)
· Nascimento e apresentação de bebês
· Funeral
· Doutrinário
· Evangelístico

Atenção! Conheça e domine os textos bíblicos para explorar estes assuntos mais facilmente.

“Para pregar, o pregador leigo deve combinar ou casar o assunto do sermão com um texto da palavra de Deus”.

ASSUNTO X TEMA

Assunto é o objetivo que você deseja alcançar por inspiração de Deus e o tema é como você vai dizer para o público qual é o seu objetivo.

AULA 03
TEXTO BÍBLICO

O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.

Esse texto deverá fornecer a idéia ou verdade central do sermão. Nunca se deve tomar um texto somente por pretexto, e logo se esquecer dele.


Segundo Jerry Stanley Key, existem algumas vantagens no uso de um texto bíblico:

1 - O texto dá ao sermão a autoridade da palavra de Deus.
2 - O texto constitui a base e alma do sermão;
3 - Através da pregação por texto o pregador ensina a palavra de Deus;
4 - O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do sermão;
5 - O texto limita e unifica o sermão;
6 - Permite uma maior variedade nas mensagens;
7 - O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.

EXEGESE

Exegese é o trabalho de exposição de um texto bíblico.

DEZ PASSOS PARA UMA BOA EXEGESE

1 - Leia o texto em voz alta, comparando com versões diferentes para maior compreensão.
2 - Reproduza o texto com suas próprias palavras. (Fale sozinho)
3 - Observe o texto imediato e remoto.
4 - Verifique a linguagem do texto ( história, milagre, ensino, parábola, profecia, etc.)
5 - Pesquise o significado exato das principais palavras;
6 - Faça anotações;
7 - Pesquise o contexto ( época, país, costumes, tradição, etc.)
8 - Pergunte sempre onde? Quem? O que? Por que?
9 - Organize o texto em seções principal e secundárias;
10 - Resuma com a seguinte frase: “O assunto mais importante deste texto é...”

TEMA
O tema do sermão contém a idéia principal e o objetivo da mensagem. Deve ser estimulante e despertar o interesse, a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser claro, simples e preciso bem como, oportuno e obedecer o texto.
Para se desenvolver um bom tema o pregador precisa Ter criatividade, hábito de leitura, visão global do sermão e ser sintético.

TIPOS DE TEMAS:

Interrogativo: Uma pergunta, que deve ser respondida no sermão.
             Ex.: Onde estás? Que farei de Jesus? Tenho uma arma o que fazer com ela?
Lógico: Explicativo.
             Ex.: O que o homem semear, ceifará; Quem encontra Jesus volta por outro caminho.
Imperativos: Mandamento, uma ordem; Caracteriza-se pelo verbo no modo imperativo.
             Ex.: Enchei-vos do espírito; Não seja incrédulo; Não adores a um Deus morto.
Enfáticos; Realçar um aspecto específico;
             Ex.: Só Jesus salva; Dois tipos de cristãos;
Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo.
             Ex.: Amor; fé, esperança

AULA 04

ILUSTRAÇÕES
São recursos usados para o enriquecimento, e o esclarecimento de uma mensagem, quando devidamente aplicada.
O senhor Jesus sempre tinha uma boa história para iluminar as verdades que ensinava ao povo.
O significado do termo ilustrar é tornar claro, iluminar, esclarecer mediante um exemplo, ajudando o ouvinte a compreender a mensagem proclamada. O bom uso da ilustração desperta o interesse, enriquece, convence, comove, desafia e estimula o ouvinte, valoriza e vivifica a mensagem, além de relaxar o pregador.
A ilustração não substitui o texto bíblico apenas tem uma função psicológica e didática, para tornar mais claro aquilo que o texto revela.
As ilustrações devem ser simples, está correlacionadas com a mensagem, devem fornecer fatos de interesses humanos e devem Ter um ponto alto ou clímax

Obs.: OS EXEMPLOS BÍBLICOS SÃO AS MELHORES ILUSTRAÇÕES.

As ilustrações podem ser:

HISTÓRICA E CONTEXTUAL: Quando se aplica um conhecimento histórico ou explicação do contexto em que o texto está inserido. Exemplos:

a) Fundo da agulha – Porta estreita na cidade de Jerusalém onde, os mercadores tinham dificuldades de passar com os camelos. Mateus 19:24.

CONHECIMENTO INTELECTUAL: Envolve o conhecimento científico, psicológico, técnico e cultural. Exemplos:
Técnico científico – A antena da TV recebe todas as frequências ao mesmo tempo entretanto, quando escolhemos um canal, através da sintonia, estamos selecionando uma determinada frequência.

METAFÓRICA OU ALEGÓRICA: Quando são empregadas figuras metafóricas como histórias e estórias. Exemplos
· Ao se aproximar da cidade do Rio de Janeiro um indivíduo reparou que o cristo redentor não era tão grande como pensava, parecia até mesmo ser menor do que seu dedo. No centro da cidade observou que estátua teria aumentado e já estava praticamente do seu tamanho, resolveu então ir até o monumento. No pé do corcovado ficou admirado com as proporções maiores do símbolo da cidade. Chegando então aos pés do cristo redentor ele pode perceber , como lhe disseram, que aquele era bem maior do que ele.

EXPERIÊNCIA PESSOAL: Testemunhos. Exemplos

· Neste tipo de ilustração o pregador relata fatos verídicos que demonstram a atuação de Deus, através de milagres, em sua vida ou de outras pessoas. Todos as respostas que Deus atendeu realizando curas, transformações, salvação, livramentos, libertação, etc.
Use no máximo duas ilustrações por sermão. Toda ilustração deve Ter uma aplicação e devem ser comentadas com simplicidade e naturalidade.

INTRODUÇÃO DO SERMÃO

Começar é difícil. Muitos escritores escrevem a introdução quando terminam o livro.
Alguém disse: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro”.
A introdução é tão importante quanto a decolagem de um avião que, deve ser bem perfeita para um vôo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e, também, ser um meio de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao pregador segurança, tranquilidade, firmeza e liberdade na pregação.

Tipos de introdução: Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:

1 – ILUSTRATIVA – Uso de uma ilustração na introdução.

Imagine que o assunto que será abordado seja complexo e abstrato. Então, comece com uma ilustração que explique e esclareça o que pretende dizer.

2 – DEFINIÇÃO – Explicação detalha de um determinado conceito.

Explique para o ouvinte o que tem a dizer. Dê a ele conceitos significados de símbolos, termos e assuntos que ele provavelmente não conheça.
Em um sermão onde o assunto é a PAZ, o pregador explicou, na introdução, o que é a paz, seus significados no velho e novo testamento, evolução lingüística do termo paz e a aplicação termo hoje.

3 – DIVISÃO – Quando se fala de características opostas. Mostre os dois lados da moeda.

Lendo o texto de Romanos 8: 1 a 17 é possível observar como Paulo trata de dois assuntos opostos, vida através do espírito e vida através da carne.

A introdução por divisão é aquela em que se fala ou compara assuntos como, “paz e guerra”, “amor e ódio”, “salvação e perdição” , “vida cristã e vida mundana”, etc.

4 – CONVITE – Convidar o ouvinte para participar e agir. Leve o ouvinte à ação.

Use os verbos no imperativo.
Analisando o texto de Isaías 55 podemos observar que há um predomínio de verbos (vinde, inclinai, vede, buscai, deixe, invocai etc ) no IMPERATIVO, que caracterizam um convite e ao mesmo tempo uma ordem. Dessa forma o ouvinte está sendo estimulado a agir, fazer ou participar.

5 – INTERROGAÇÃO – Uma pergunta (deverá ser respondida no corpo do sermão).

Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja bem explorada na introdução. Observe que, se estamos falando sobre morte ou salvação cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos nós?”, que deve levar o ouvinte a uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o texto de Lucas 12:20 “Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te [pedirão] a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”

As perguntas da introdução devem ser respondidas no corpo do sermão.

6 – SUSPENSE – A mensagem principal está oculta e será esclarecida no corpo do sermão.

7 – ALUSÃO HISTÓRICA – Explicar o contexto histórico.

Explique o contexto do texto em que será aplicada a mensagem ( época, país, costumes, tradição, etc.). Observe o texto de João 4: 1 a 19. Caso sua mensagem esteja baseada neste texto, introduza com uma explicação detalhada das relações entre os Judeus e os Samaritanos, as relações entre os homens e as mulheres, a lei acerca do casamento, a origem do poço de Jacó, etc.

CARACTERÍSTICAS DA INTRODUÇÃO

Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas características como, clareza e simplicidade, deve ser um elo de ligação com o corpo do sermão e uma ordenação de pensamentos de forma lógica e sistematizada e, não deve prometer mais do que se pode dar. É preciso estar atento para o tempo de duração da introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão. Evitar desculpas que possam trazer uma má impressão.

AULA 05
CORPO DO SERMÃO

Esta deve ser a principal parte do sermão. Aqui o pregador irá expor idéias e pensamentos que deseja passar para os ouvintes. As divisões devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de hoje. Depois de Ter estudado e de fazer uma boa exegese do texto que será usado no sermão deve-se ensinar e aplicar os propósitos de acordo com os nossos dias.
As divisões devem Ter significados para os ouvintes e, não devem se desviar da mensagem principal que é a coluna do sermão, o objetivo será finalizado e apresentado na conclusão.
É necessário ser vocacionado para o Dom da palavra, mas podemos aprender algumas técnicas que podem ajudar ao pregador no preparo do sermão.

COMO TIRAR PONTOS DO TEXTO

1 – Leia todo o texto. Ex.: Atos 2: 37 a 47
2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)
3 – Procure os principais verbos e seus complementos
4 – Com base nos verbos retirados crie frases (divisões) que os complemente e que, passem uma idéia ou estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.
5 – Organize as frases dentro da idéia principal.

· Faça o mesmo para Salmos 1:1 e 2 e desenvolva divisões para o seguinte sermão
“As quatro maneiras de ser bem-aventurado”.

CARACTERÍSTICAS DO CORPO DO SERMÃO

As divisões retiradas do texto devem se apresentar de forma ordenada no sermão para que não haja uma confusão de idéias. O ouvinte precisa acompanhar o seu desenvolvimento . “Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e explicação, tem que apontar na direção do alvo e em ordem de interesse”. Cada ponto deve discutir um aspecto diferente para que não haja repetição.
As frases devem ser breves e claras. As divisões servem para indicar a linha de pensamento a serem seguidas ao apresentar o sermão. Entretanto, deve-se fazer uma discussão que é o descobrimento das idéias contidas nas divisões.

TIPOS DE SERMÕES

Tradicionalmente encontramos, praticamente em todos as obras homiléticas, três tipos básicos de sermões:

SERMÃO TEMÁTICO: Cujos argumentos (divisões) resultam do tema independente do texto;
SERMÃO TEXTUAL: Cujos argumentos (divisões) são tiradas diretamente do texto bíblico;
SERMÃO EXPOSITIVO: Cujos argumentos giram em torno da exposição exegética completa do texto.
SERMÃO TEMÁTICO

É aquele em que toda a argumentação está amarrada em um tema, divide-se o tema e não o texto, o que permite a utilização de vários textos bíblicos.

Observe o exemplo: Tema: “A PAZ QUE SÓ JESUS PODE DAR...”

1 – ...ilumina nosso caminho Lucas 1:79
2 – ...liberta a nossa mente de pensamento perturbador João 14:27
3 – ...retira sentimento de medo João 20:19 e 20
4 – ...salva João 3:16

Repare que cada tópico (divisão) apresenta uma característica da “Paz” proposta pelo tema, mas, para cada ponto há um texto diferente, ou seja, a base do sermão é a “Paz de Jesus” que é abordada em diversos textos bíblicos.
É necessário aplicar um texto bíblico em cada divisão do tema para não atrair muito a atenção para o pregador em detrimento da palavra de Deus. Deve-se evitar divagações e generalizações vazias e inexpressivas.
O sermão temático exige do pregador mais cultura geral e teológica, criatividade, estilo apurado, contudo, o sermão temático conserva melhor a unidade.

COMO RETIRAR IDÉIAS E ARGUMENTOS (DIVISÕES) DO TEMA

· Escolher o tema – (Criar frases, retirar de textos bíblicos ou de outras fontes);
· Analisar o tema – (repetir e refletir várias vezes);
· Pergunte-se, o que deve falar sobre o tema;
· Extrair a principal palavra ou frase do tema – (Ela pode se repetir nos argumentos);
· Separe no mínimo 3 argumentos ligados ao tema;
· Pesquisar passagens bíblicas que se refiram aos argumentos.;
· As divisões são explicação ou respostas do tema.

ATIVIDADES

1 – Crie três argumentos (divisões) que expliquem o seguinte tema:

Tema: “Quem ama a Deus é correspondido”.

1 - ___________________________________________________ Textos: I Cor 8:3 I João 4:20.1

2 - ___________________________________________________ Rom 8:39 I João 4:9

3 - ___________________________________________________ João 3:16

SERMÃO TEXTUAL

É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que, será dividido em tópicos. No sermão textual as idéias são retiradas de um texto escolhido pelo pregador.

Como já estudamos anteriormente, aqui estão algumas dicas para tirar pontos do texto.

As divisões do sermão textual podem ser feitas de acordo com as declarações originais do texto. Ou se utilizar de uma análise mais apurada baseando-se em perguntas como: Onde? Que? Quem? Por que? Que deverão ser respondidas pelas declarações ou frases do texto. E ainda pode-se dividir por inferência, as orações textuais são reduzidas a expressões sintéticas que encerra o conteúdo.

COMO TIRAR PONTOS DO TEXTO

1 – Leia todo o texto.
2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)
3 – Procure os principais verbos e seus complementos. Lembre-se verbo é ação.
4 – Procure os sentidos expressos nas representações simbólicas, metáforas e figuras.


4 – Com base nos verbos e significados retirados crie frases (divisões) que os complemente e que, passem uma idéia ou estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.

5 – Organize as frases dentro da idéia principal.– Leia todo o texto. Ex.:

Observe o exemplo: Texto: Salmo 40:1-4

Tema: Nem antes, nem depois, no tempo de Deus.

Introdução: (Definição) Esperança significa expectação em receber um bem. O mundo é imediatista.

Corpo: O que acontece quando você espera no senhor?

1 – Ele te retira da condição atual. ( Qual é o seu lago terrível? )
2 – Ele te coloca em segurança, na rocha. ( Te dá visão para solucionar o problema )
3 - Ele requer a sua adoração, um novo cântico. ( Adorar em Espírito e verdade )
4 – Ele te faz testemunha, muitos o verão. ( serme-eis testemunha )

Repare que cada tópico (divisão) apresenta um termo ou uma passagem do texto. De tal forma que o texto pode ser bem explorado pelo preletor.

Deve-se evitar divagações e generalizações vazias e inexpressivas.

O sermão textual exige do pregador conhecimento do texto, contexto e cultura bíblica.

ATIVIDADES:

1 – Crie três argumentos (divisões) para o seguinte sermão textual:

Texto: Tiago 3: 17

Tema: A sabedoria que vem Deus.

Introdução: ( Divisão ) Sabedoria terrena.

Corpo: A sabedoria que vem do alto é:

1 – _________________________________________________________________

2 – _________________________________________________________________

3 – _________________________________________________________________

AULA 06

O SERMÃO EXPOSITIVO

É aquele que explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e faz uma exposição completa de um trecho mais ou menos extenso. O sermão expositivo é uma aula, uma análise pormenorizada e lógica do texto sagrado. Este tipo do sermão requer do pregador cultura teológica e poder espiritual.
O sermão expositivo é o método mais difícil, apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao estudo diário e contínuo da bíblia, deve ser feito uma análise de línguas, interpretação, pesquisa arqueológica, e histórica, bem como, comparação de textos.

CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO EXPOSITIVO

· Planejamento
· Poder abordar um grande texto ou uma passagem curta;
· Interpretação mais fiel;
· Análise profunda do texto;
· Unidade, idéias subsidiárias devem ser agrupadas com base em uma idéia principal;
· Não é suficiente apresentar só tópicos ou divisões;
· Tempo de estudo dos pontos difíceis;
· Pode ser abordado em série.

É muito comum o uso do sermão expositivo em pregações seriadas como conferências e estudo bíblico.

CONCLUSÃO
É o clímax da aplicação do sermão

“Para terminar!” , “Concluindo”, “Só para encerrar”, “Já estamos terminando”.

Você já ouviu estas frases? Muitas pessoas não sabem terminar uma conversa, ficam dando voltas ou se envolvem em outros assuntos, sem ao menos perceber que o tempo está passando e o ouvinte já está angustiado com a demora.

Assim, muitos pregadores não sabem ou não conseguem concluir um sermão. Isso acontece por que estes não preparam um esboço e suas idéias estão desordenadas, logo, não conseguem encontrar uma linha condutora da conclusão do sermão.

COMO DEVE SER A CONCLUSÃO ?

1 – Apontar o objetivo específico da mensagem;
2 – Clara e específica;
3 – Resumo do sermão (o sermão em poucas palavras)
4 – Aplicação direta a vida dos ouvintes;
5 – Pequena;
6 – Faça um desfecho inesperado.

Logo, uma boa conclusão deve proporcionar aos ouvintes satisfação, no sentido de haver esclarecido completamente o objetivo da mensagem. É preciso Ter um ponto final para que o pregador não fique perdido.

OBS.: NÃO DEVE PREGAR UM SEGUNDO SERMÃO

APELO
Um esforço feito para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte.

Apelo não é apelação.
Dois tipos de apelos:

· CONVERSÃO/RECONCILIAÇÀO – Aos ímpios e aos desviados.
· RESTAURAÇÃO – A igreja

COMO DEVE SER O APELO ?

1 – Convite
2 – Impactante e direto
3 – Não forçado ou prolongado
4 – Logo após a mensagem.

No apelo você deve dizer ao ouvinte o que ele deve fazer para confirmar a sua aceitação. Seja claro e mostre como ele deve agir.

· Levantar as mãos;
· Ir a frente;
· Ficar em pé;
· Procurar uma igreja próxima;
· Conversar com o pastor em momento oportuno

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Doutrina sobre Batalha Espiritual I (teologia)

Curso Básico de
Teologia Sistemática
* * *
Doutrina sobre Batalha Espiritual
NOSSA BATALHA
Parte I
   A Bíblia Sagrada usa freqüentemente, de forma figurada, soldados e batalhas para descrever o conflito entre os servos de Deus e os seres das trevas a qual ela mesma denomina de "demônios".
   Os homens que vão à guerra usam táticas de batalha para vencer o inimigo.  O mesmo deve acontecer com os cristãos e a Palavra de Deus nos orienta nisso. Alguns "mestres" cristãos são contra isso; são contra o pensamento de que não devemos nos preparar para essa guerra espiritual. São contra até mesmo a expressão "soldados de Cristo", que é uma alusão àquele que faz parte desse exército espiritual de Deus.
   O Apóstolo Paulo reconheceu a existência desse exército santo quando doutrinou à igreja acerca da Guerra Espiritual do Cristão:
   "Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; E estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência." (2ª Coríntios 10:3-6)
   A Palavra de Deus nos orienta dizendo:
   "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo".
(Efésios 6:11).
   Um dos grandes objetivos de satanás (o diabo), é se
opor aos planos de Deus, procurando impedir a realização desses planos. Para tanto, ele procura entrar na vida das pessoas e conquistar áreas de domínio. Mas aqueles que estão revestidos de toda a armadura de Deus, tem autoridade sobre ele e seus demônios, pois já foram julgados e derrotados pelo Senhor Jesus na Cruz do Calvário, estando por isso mesmo, debaixo dos pés daqueles que servem ao Deus vivo em espírito e em verdade! Entretanto, infelismente ainda existem cristãos que ainda não apanharam o suficiente do diabo, pois não tem dado crédito no que diz a Palavra de Deus e estão sofrendo por causa disso!
   A Bíblia afirma que a nossa luta "não é contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Efésios 6:12).
Isso quer dizer que não adianta lutarmos com nossas próprias forças porque assim não iremos vencer, pois existem vários anjos do mau (demônios) lutando contra nós para nos afastar da presença de Deus e nos destruir...é uma força espiritual malígna que precisa ser combatida não pela força do braço ou pela inteligência humana mas pela fé, através do poder que há no nome do Senhor Jesus Cristo.
   Essa força espiritual malígna, constituída pela influência dos demônios, atuam em todas as áreas da vida das pessoas que não sabem como combater esse mal:
* Área da Saúde: causando doênças e enfermidades;
* Área Conjugal: separando os cônjuges;
* Área Familiar: destruindo os membros da família e acabando com sua boa relação;
* Área Profissonal: prejudicando quem está trabalhando e quem precisa trabalhar; fechando as portas do trabalho, dificultando promoções e impedindo a pessoa de conquistar novas oportunidades de trabalho;
*Área Financeira: causando complicações financeiras e dívidas através de acidentes, roubos, deterioração de mercadorias e produtos; bloqueando o recebimento de dinheiro; impedindo que clientes comprem seus produtos ou paguem suas dívidas; enfim, impedindo todo tipo de prosperidade que poderia surgir;
*Área Emocional: causando tristeza, angustia, depressão e sofrimento, sem uma causa lógica ou natural para isso;
* Área Sentimental: impedindo que a pessoa encontre a sua outra metade ou que seja feliz em seu relacionamento;
* Área espiritual: impedindo a pessoa de receber as bênçãos espirituais em sua vida, prometidas por Deus em Sua Palavra, e também impedindo que essa mesma pessoa seja usada nas mãos de Deus para abençoar outras pessoas.
   O diabo (satanás) é o inimigo declarado de Deus e dos homens. Seu ódio contra a Humanidade é visível por meio das guerras, miséria, doênças e toda espécie de maldade no mundo. A raça humana tem sido constantemente atingida e destruída pela sua ação, pois o homem, criado a imagem e semelhança de Deus é o seu principal alvo. Para satanás não há perdão, mas para o homem existe uma reconciliação com Deus através de Seu Filho Jesus Cristo, e isso o deixa furioso. Aqueles que são lavados pelo sangue do Cordeiro (Cristo) são seus maiores inimigos, porque estes possuem autoridade sobre eles através do poder que há no nome de Jesus. Assim, satanás tenta de tudo para afastar as pessoas da presença de Deus, pois fazendo isso, não terão poder sobre ele, e não tendo poder sobre ele, poderá agir então livremente causando tantas desgraças quanto puder.
   Ele é a causa principal de todos os problemas e situações ruins que afligem as pessoas, principalmente os cristãos, pois a estes ele investe todo o seu poder de destruição.
   Muitos cristãos tem gemido e sofrido em suas mãos porque tem lhe ignorado, isto é, não tem crido que ele realmente existe e que está permanentemente fazendo o mal. Outros por sua vez, até creem em sua existência e oram para que Deus lhe protejam, mas sofrem mesmo assim porque não dão crédito a certas passagens das Escrituras por causa do tradicionalismo religioso, e por não possuirem as armas necessárias para combatê-lo, estão constantemente sendo abatidos por ele.
Hoje, mais do que em qualquer outra geração, o mundo vive a época do demonismo. Os espíritos malígnos de que fala a Bíblia, atuam agora em todas as camadas da sociedade e buscam de todas as formas perverter o ser humano e afastá-lo da presença de Deus, e não existe hoje uma guerra mais importante para os cristãos do que contra essas forças das trevas.
Imagine acordando um dia e achando sua casa bem no meio de um campo de batalha. Com bombas explodindo ao seu redor, os disparos de metralhadoras e os gritos dos feridos, qual seria o seu primeiro pensamento? Se levantaria para ir ao serviço? Iria para a escola? Lavaria o carro? A sua primeira reação seria a sobrevivência sua e da sua família, não é?
   Mesmo quando não percebemos a guerra ao nosso redor, isso não quer dizer que ela não exista. Em termos bem fortes, a Bíblia descreve que o mundo é um campo de batalha espiritual (Efésios 6:12). Nós precisamos nos despertar para ver que a batalha é real!
   Essa batalha não é guerra material, e sim espiritual. Então, como alguém pode sobreviver? Precisamos ser "fortalecidos no Senhor e na força do seu poder" (Efésios 6:10) vestindo "toda a armadura de Deus" (Efésios 6:11,13).
As instruções da Bíblia Sagrada nos fornecem aquilo que necessitamos saber para nos preparar nesse combate.
Quando batalhamos como soldados de Jesus, temos que usar as armas que a Bíblia nos fornece, e mais nada. Em Efésios 6:10-13, por exemplo, ela nos informa sobre as qualidades espirituais da nossa armadura:
"No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais."
   O cristão que não crê na existência de uma guerra espiritual nem tão pouco se preocupa em se preparar para isso, corre um sério risco! Alguns até crêem nisso, mas por falta de conhecimento da Palavra de Deus,  acabam usando outro tipo de armas para lutar nessa guerra; armas que não são de Deus mas do diabo, que são: as mentiras, acusações falsas, fofoca, ciladas e estratégias políticas para ganhar ou manter poder. Essas armas são táticas carnais usadas por homens carnais através do diabo. Esses métodos não levam ninguém à obediência de Cristo, e satanás sabe disso. E por incrível que pareça, os demônios usam muitos soldados assim no meio do Povo de Deus. Por isso temos que vigiar muito sobre essa questão. Por isso o conselho é: afaste-se dessas pessoas que agem dessa forma e ore por elas!

Doutrina sobre Batalha Espiritual II

2 Princípios de Batalha
1. - A vontade de Deus é que todos os cristãos sejam "fortalecidos no Senhor e na força do seu poder" (Efésios 6:10). Não há razão para que o cristão seja derrotado e destruído pelo poder de satanás. Devemos permanecer como inimigos fortes e decididos de todos os propósitos dele. Sua mais sofisticada estratégia e seu poder mais concentrado não representa nenhuma ameaça para nós, se estivermos "fortalecidos no Senhor". A Força do Senhor, é todo o poder de que podemos precisar, e temos isso à nossa disposição se estamos em Sua presença!
A guerra contra satanás sempre precisa ser vista nesta perspectiva. Enquanto estivermos usufruindo dos recursos que nos foram oferecidos, quando a fumaça desaparecer do campo de batalha, ainda estaremos de pé, o inimigo baterá em retirada, e no fim será esmagado sob nossos pés (Romanos 16:20).
2. - Ter um entendimento bíblico do que estamos combatendo. A Bíblia nos diz:
"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo" (Efésios 6.10).
Devemos, portanto, colocar toda a armadura de Deus para podermos permanecer diante das ciladas do diabo. A palavra "ciladas" transmite a idéia de um inimigo astuto, traiçoeiro e ardiloso. Ele é extremamente sutil e esperto nos seus métodos de agir contra nós. Podemos ver isto vez após vez na prática. Com os cristãos, ele tem o maior prazer em trabalhar simultaneamente nos dois extremos contra a posição de equilíbrio. Por exemplo, satanás faz igualmente bem o papel de tentador e de acusador. Como tentador, deleita-se em injetar nas nossas mentes pensamentos e desejos perversos. Depois como acusador, adora se escarnecer de nós, mostrando que tipo de pessoa desprezível somos por termos abrigado pensamentos tão maldosos e pecaminosos. Devemos estar preparados para combater suas  estratégias mais traiçoeiras, covardes, e sutis contra nós, o que só poderemos discernir claramente quando o Senhor ilumina sua Palavra e nos concede Sua sabedoria.
Este entendimento do nosso inimigo também inclui uma consciência das potestades das trevas que agem junto com ele no seu reino das trevas. Efésios 6.12 nos mostra um dos quadros mais claros de todas as Escrituras a respeito deste reino. Nossa guerra não é uma batalha contra inimigos de carne e sangue. Quanto mais fácil seria, se fosse assim! Se você pudesse pelo menos ver seus inimigos, e saber quando estão próximos, assim como vê outros seres humanos! Mas o reino de satanás é um reino de seres espirituais que não podem ser vistos ou tocados materialmente.
Escritores de livros de suspense já usaram muitas vezes a idéia de uma pessoa invisível, mostrando as enormes vantagens que esta teria sobre os mortais comuns. Os seres demoníacos são espíritos, invisíveis, imateriais, mas não menos reais. Lutamos e haveremos de lutar muito contra eles ainda até Jesus voltar.
Estes seres espirituais também são muito estruturados, organizados e disciplinados. Percebemos este fato pela maneira em que os inimigos que estão sob o controle de satanás são mencionados em Efésios 6.12. Vemos um quadro muito semelhante ao que existe numa organização militar. É como num país, onde o Presidente é o comandante supremo de todas as forças armadas, e abaixo dele há os generais, almirantes, outros oficiais, e finalmente o  soldado raso.
Em Efésios 6, temos uma hierarquia semelhante. Satanás é o comandante supremo das forças das trevas. É o estrategista superior, e abaixo dele há todo um sistema organizado e disciplinado para executar os seus desejos.
O primeiro nível abaixo de satanás é um grupo de comandantes chamados principados ou príncipes. Estes seres poderosos têm enorme responsabilidade e poder para conduzir os interesses do diabo. Cremos que há diferentes níveis de autoridade entre estes príncipes. Temos uma pequena idéia da sua maneira de agir, e do seu poder, no relato registrado em Daniel 10, onde o mensageiro angélico enviado por Deus para falar com Daniel encontrou resistência da parte do "príncipe da Pérsia", que tipifica um demônio principe (chefe daquela região). Quando finalmente chegou, depois de três semanas, o Anjo explicou a Daniel que demorou por causa da luta com o esse demônio. Só depois que Miguel, o Arcanjo veio ajudá-lo, é que pode vencer este demônio, e poder  completar assim a sua jornada e chegar até Daniel.
Isto não sugere que satanás tem um príncipe sobre cada nação, responsável por executar seus planos diabólicos contra aquela nação? Abaixo dele há outros príncipes que conduzem os planos de satanás contra a estrutura política, ou contra a estrutura educacional, ou contra a estrutura de entretenimento daquele país.
O próximo nível abaixo nesta estrutura organizada do mal são as potestades. Estas são provavelmente mais numerosas e um pouco menos independentes e poderosas que os príncipes. Entretanto, o próprio nome sugere uma atividade muito forte que são capazes de exercer contraos cristãos.
Depois das potestades vêm os dominadores deste mundo tenebroso. Estes seres são bem mais numerosos; porém são os verdadeiros executores no nível de comando. No exército, seriam semelhantes aos tenentes e sargentos. Estes dominadores das trevas têm diretamente sob seu comando um vasto exército de seres espirituais no último nível, chamados de forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Entendemos que estes são os demônios mencionados tantas vezes durante o ministério do Senhor na terra. Existem multidões numerosas destes seres, tantos que uma legião habitava num só homem, de acordo com Marcos 5.9.
Estas são as forças espirituais do mal contra as quais devemos batalhar. De fato, a Palavra apresenta um quadro temível deste sistema invisível, astuto, e altamente organizado, contra o qual estamos posicionados. Não temos a escolha de permanecermos neutros ou indiferentes; o inimigo pressiona e traz a batalha até nós, e é o propósito e desejo soberano de Deus que entremos para combater um bom combate.

Doutrina sobre Batalha Espiritual III

Doutrina sobre Batalha Espiritual
NOSSA BATALHA
2 Extremos da Batalha
   Quando se trata de aprender melhor como combater a satanás, o cristão precisa fugir com muito cuidado de dois extremos. O primeiro é a tendência de ignorar este inimigo, e tratar todo o assunto de demonologia com indiferença. Uma das estratégias mais astutas de satanás é nos deixar ignorantes do seu poder e modo de agir. Uma vez alguém disse que se ele se envolvesse tão-somente com o Evangelho, se procurasse alcançar almas, e se colocasse toda sua atenção na pessoa do Senhor Jesus Cristo, não teria de se preocupar muito com satanás.
   Tal opinião parece muito piedosa e espiritual, mas na verdade é contrária às Escrituras e é muito perigosa. Qualquer cristão que decide se ocupar com o Evangelho, com ganhar almas perdidas, e com o conhecer mais sobre Jesus, se torna um alvo especial de satanás. Ignorar as armas que o Senhor providenciou para a guerra contra esse inimigo e seu reino é suicídio espiritual. Dentro de pouco tempo encontraremos desastre espiritual se ignorarmos este inimigo.
   O outro extremo a ser evitado é uma preocupação exagerada com satanás e seu reino. A outra estratégia de satanás é nos tornar mais conscientes do reino dele do que do Pai celestial, do Senhor Jesus, e do bendito Espírito Santo. A grande ênfase da Palavra de Deus é sobre a vitória consumada que podemos apropriar através do nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo reconhecendo o temível poder e astúcia do diabo, todo o teor das Escrituras afirmam que ele é um inimigo derrotado.
Um problema comum para quem está sofrendo ataques de satanás é ficar mais preocupado com pensamentos sobre como ele faz para tentá-lo, afligi-lo, ou oprimi-lo do que em meditar sobre a vitória que Cristo ganhou. Estar consciente deste perigo é um grande passo para evitar a preocupação exagerada com satanás.
   O diabo é um ser espiritual, tão real e vivo quanto eu e você. Controla um vasto reino altamente estruturado de seres espirituais que têm o mesmo intento e propósito maléfico que ele tem – ou seja, de se opor à vontade e aos planos de Deus. Este vasto reino de trevas tem a humanidade como foco principal da sua estratégia.
Começando com o ataque sutil de satanás contra Adão e Eva, e por toda a Bíblia, aqueles que tinham comunhão e união vital com Deus eram justamente as pessoas que enfrentavam este inimigo na sua estratégia mais traiçoeira.
   O Apóstolo Paulo parece ter experimentado na sua vida uma consciência progressivamente mais ampla a respeito das suas próprias batalhas espirituais com o diabo. Suas epístolas contem numerosas referências a estas grandes batalhas, mas a epístola aos Efésios é o manual do cristão sobre guerra espiritual contra o diabo e o seu reino. Tanto a grandiosidade do conflito, como a certeza da nossa vitória, estão claramente expostas para nós em Efésios 6.10-18. Nesse Curso consideraremos alguns princípios importantes para uma guerra eficaz contra satanás que podemos rebuscar neste texto clássico.

Doutrina sobre Batalha Espiritual IV

Doutrina sobre Batalha Espiritual

Como resistir ao diabo

   "Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tiago 4:7).
O diabo é real. Ele imita-falsificando as coisas de Deus. As vezes, enquanto opera neste mundo, ele tem toda a aparência de um anjo de luz e por isso temos que conhecer os planos de batalha dele.
"Porque não ignoramos os seus ardis"
(1 Coríntios 2:11)

   Ardil quer dizer: “astúcia”, “manha”, “artimanha”, “artifício”, “estratagema”, “ardileza”. O diabo se utiliza disso para causar:
a) Dúvida,
b) Desânimo,
c) Desencorajamento,
d) Desvio de rumo e atividade essencial,
e) Desonestidade,
f) Discórdia,
g) Desespero,
h) Depressão,
i) Derrotismo.
   Portanto, para resistir vitoriosamente sobre esses ardis do inimigo, você deve fazer o seguinte:
a) Não convide o mundo para a sua casa ou para a sua vida;
b) Não cobice o mundo nem as coisas que nele há;
c) Não se conforme com o mundo. Isto é, não tome a mesma postura dele ou das pessoas não cristãs, fazendo de conta que as coisas pecaminosas desse mundo são normais hoje em dia;
d) Rejeite todo e qualquer ensinamento doutrinário que seja contrário ao da Bíblia
(1 Timóteo 4:1).
Andar na Luz do Senhor Jesus
   "Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 João 1:7).
   Uma pessoa pode pensar que está andando na luz, mas não está. Algumas pessoas são relaxadas nos caminhos do Senhor e por isso não conseguem resistir ao diabo e sempre estão caindo. No entanto, a realidade é que o relaxamento é a falta de obediência em fazer aquilo que Deus quer que façamos. "Andar na luz" é isso: fazer o que Deus quer que façamos. Desse modo temos comunhão e o sangue do Senhor nos purifica de todo o mal. É dessa forma, andando na luz, que conseguimos "resistir ao diabo".

Levando a Palavra de Deus e

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de Vida e Esperança aos PMs

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Novo templo da ISOSED Maringá-PR

Só o Senhor é Deus

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