sábado, 9 de fevereiro de 2019

Alguns homens que fizeram parte da história da Igreja

Esclarecimento: O título “Pai”, aplicado historicamente a alguns líderes cristãos, surgiu devido à reverência que muitos nutriam pelos bispos dos primeiros séculos. A estes chamavam carinhosamente de “Pais” devido ao amor e zelo que tinham pela Igreja, mais tarde, porém, este termo foi sacralizado pelos escritores eclesiásticos, por volta de 1073 Gregório VII reivindica com exclusividade o termo “PAPA”, ou seja, “Pai dos pais”. 

Ele tem sua originalidade na Igreja do Ocidente, do século II. Os “Pais Apostólicos” foram homens que tiveram contato direto com os apóstolos, ou que foi citado por alguns deles. Para três indivíduos – Clemente de Roma, Inácio e Policarpo – esta titulação é regularmente aplicada. Principalmente Policarpo, para o qual existem evidências de contato direto com os apóstolos.

Policarpo (69 – 159)
Sobre sua infância, família e formação, não temos informações precisas, contudo há documentos históricos sobre ele. Graças a alguns testemunhos fidedignos, podemos reconstruir sua personalidade. Foi discípulo do apóstolo João, amigo e mestre de Ireneu, tendo ainda conhecido Inácio, sendo consagrado bispo da igreja de Esmirna. Quanto aos seus escritos, a única epístola que restou desse antigo pai da igreja é sua Carta aos Filipenses, exortando-a a uma vida virtuosa de boas obras e à firmeza na fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Seu estilo é informal, com muitas citações do Velho e Novo Testamento, faz 34 citações do apóstolo Paulo, evidenciando que conhecia a carta de Paulo aos Filipenses, bem como outras epístolas. Todavia temos também o testemunho de Eusébio e Ireneu 5, relatando a intimidade de Policarpo com testemunhas oculares do evangelho. Segundo Tertuliano, Policarpo teria sido ordenado bispo pelas mãos do próprio apóstolo João.

O martírio de Policarpo

O martírio de Policarpo é descrito um ano depois de sua morte, em uma carta enviada pela Igreja de Esmirna à Igreja de Filomélio. Este registro é o mais antigo martirológio cristão existente. Diz a história que o procônsul romano, Antonino Pius, e as autoridades civis tentaram persuadi-lo a abandonar sua fé em sua avançada idade, a fim de alcançar sua liberdade. Ele, entretanto, respondeu com autoridade: “Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou? Eu sou um crente!”

Justino – o mártir (100-170)

Flávio Justino Mártir, nasceu em Siquém na Palestina em princípios do segundo século, e morreu mártir no ano 170. Depois de ter peregrinado pelas mais diversas escolas filosóficas – peripatética, estóica, pitagórica – em busca da verdade para a solução do problema da vida, abandonando o platonismo, último estágio da sua peregrinação filosófica. O amor à verdade levou-o, pouco a pouco, a rejeitar os sistemas filosóficos pagãos e a converter-se ao Cristianismo. Em sua época foi o mais ilustre defensor das verdades cristã contra os preconceitos pagãos. Embora leigo, é considerado o primeiro dos Pais Apologista da Igreja, logo depois dos primitivos Pais Apostólicos, tendo dedicado sua vida à difusão e ao ensino do cristianismo. Em Roma, abriu uma escola para o ensino da doutrina cristã, e ainda nesta cidade dedicou-se ao apostolado, especialmente nos meios cultos, nos quais se movimentava com desembaraço. Escreveu muitas obras, mas somente três chegaram até nós: duas Apologias – contra os pagãos – e um Diálogo com o judeu Trifão. Sofreu o martírio por decapitação, depois de ter sido açoitado.

Ireneu (130-200)

Nascido em Esmirna, na Ásia Menor (Turquia), no ano 130, em uma família cristã, Ireneu era grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo, bispo de Esmirna. Anos depois, mudou-se para Gália (atual sul da França), para a cidade de Lyon, onde foi um presbítero em substituição do bispo que havia sido martirizado em 177.
Ireneu também recebeu influência de Justino. Ele foi uma ponte entre a teologia grega e a latina, a qual iniciou com um de seus contemporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra heresias e exposição do Cristianismo Apostólico. Sua obra maior se desenvolveu no campo da literatura polêmica contra o gnosticismo.
Tertuliano de Cartago (150-230)
Nasceu por volta de 150 d.C. em Cartago (cidade ao nordeste da África), onde provavelmente passou toda sua vida, embora alguns estudiosos afirmem que ele morasse em Roma. Por profissão sabe-se que era advogado. Fazia visitas com freqüência a Roma, sendo que aos 40 anos se converteu ao cristianismo, dedicando seus conhecimentos e habilidades jurídicas ao esclarecimento da fé cristã ortodoxa contra os pagãos e hereges. Tertuliano foi o pai das doutrinas ortodoxas da Trindade e pessoa de Jesus Cristo. As doutrinas de Tertuliano a respeito da Trindade e da pessoa de Cristo foram forjadas no calor da controvérsia com Práxeas, que segundo Tertuliano, “sustenta que existe um só Senhor, o Todo-Poderoso criador do mundo, apenas para poder elaborar uma heresia com a doutrina da unidade. Ele afirma que o próprio Pai desceu para dentro da Virgem, que ele mesmo nasceu dela, que ele mesmo sofreu e que, realmente, era o próprio Jesus Cristo”. Foi o primeiro teólogo cristão a confrontar e rejeitar com grande vigor e clareza intelectual essa visão aparentemente singela da Trindade e unidade de Deus. Ele declarou que se esse conceito fosse verdade, então o Pai tinha morrido na cruz e isso, além de ser impróprio para o Pai, é absurdo.

Orígenes (185-254)

Nasceu de pais cristãos em 185 ou 186 da nossa era, provavelmente em Alexandria. Escritor cristão de vasta erudição, de expressão grega. Estudou letras e aprendeu de cor textos bíblicos, com seu pai, que foi morto por ocasião da repressão do imperador Setímio Severo às novas religiões. O bispo de Alexandria passou a Orígenes a direção da Escola Catequética, sendo então sucessor de Clemente. Estudou na escola neoplatônica de “Ammonios”. Viajou a Roma, em 212, onde ouviu ao sábio cristão Hipólito. Em 215 organizou em Alexandria uma escola superior de Exegese Bíblica. Devido ao seu vasto conhecimento viajava muito e ministrava ao público nas igrejas.
O fato de se haver castrado por devoção, lhe criou dificuldades com alguns bispos, que contrariavam o sacerdócio dos eunucos. Em 232 se transferiu para Cesaréia, na Palestina, onde se dedicou exaustivamente aos seus estudos. Sobreviveu aos tormentos de que foi vítima sob o Imperador Décio (250-252). Posteriormente a esta data morreu em Tiro, não se sabendo exatamente quando.
Foi considerado o membro mais eminente da escola de Alexandria e estudioso dos filósofos gregos.

Cipriano (200 – 258)

Tharsius Caecilius Cyprianus. Converteu-se em 246 d.C. e já em 249 d.C. foi nomeado bispo de Cartago, no Norte da África.
Durante dez anos ele conduziu seu rebanho através da perseguição do Imperador Décio, uma das mais cruéis. Foi também o grande sustentáculo moral e espiritual da cidade, quando esta foi atacada por uma epidemia. Além disso, escreveu e batalhou pela unidade da Igreja.
Seu nome está ligado a uma grande controvérsia a respeito do batismo e da ordenação efetuada por hereges. No entender de Cipriano, estas cerimônias eram inválidas, pelo fato dos oficiantes estarem em desacordo com a ortodoxia e, portanto, deveriam ser rebatizados e reordenados todos que entrassem pela verdadeira Igreja. Estevão, Bispo de Roma, discordou e isto gerou um cisma, uma vez que Cipriano além de rejeitar a autoridade do bispo romano, convocou um concílio no Norte da África para resolver a questão.
Seus escritos consistem em tratados de caráter pastoral e de cartas, 82 ao todo, das quais 14 eram dirigidas para ele mesmo e as restantes tratavam de questões de sua época.
Morreu como mártir, decapitado em 14 de setembro de 258 d.C, durante a perseguição do imperador Valeriano
Eusébio de Cesáreia (265-339)
Foi Constantino que incumbiu Eusébio de fazer a narração desta primeira história do Cristianismo, coroando-a com a sua imperial adesão a Cristo. “A ortodoxia era apenas uma das várias formas de cristianismo, durante o século III, e pode só ter se tornado dominante no tempo de Eusébio” (JOHNSON, 2001: 69). Ele é o autor de importantes obras tais como: “História Eclesiástica”, “Vida de Constantino” entre outras.

Jerônimo (325-378)

Erudito das Escrituras e Tradutor da Bíblia para o Latim. Sua tradução, conhecida como a Vulgata, ou Bíblia do Povo, foi amplamente utilizada nos séculos posteriores como compêndio para o estudo da língua latina, assim como para o estudo das Escrituras. Nascido por volta do ano 345 em Aquiléia (Veneza), extremo norte do Mar Adriático, na Itália, Jerônimo passou a maior parte da sua juventude em Roma estudando línguas e filosofia. Apesar da história não relatar pormenores de sua conversão, sabe que se batizou quando tinha entre dezenove para vinte anos. Logo após, Jerônimo embarcou em uma peregrinação pelo Império que levou vinte anos.

Crisóstomo (aprox. 344-407)

Criado em Antioquia, seus grandes dotes de graça e eloqüência como pregador levaram-no a ser chamado a Constantinopla, onde se tornou patriarca, ou arcebispo. Como os outros Apologistas, ele harmonizou o ensinamento cristão com a erudição grega, dando novos significados cristãos a antigos termos filosóficos, como a caridade. Em seus sermões, defendia uma moralidade que não fizesse qualquer transigência com a conveniência e a paixão, e uma caridade que conduzisse todos os cristãos a uma vida apostólica de devoção e de pobreza comunal. Essa piedosa mensagem, entretanto, tornou-o impopular na corte imperial e mesmo entre alguns membros do clero de Constantinopla, de modo que acabou sendo banido e morreu no exílio.
Agostinho (354-430)
Aurélio Agostinho nasceu na cidade de Tagaste de Numídia, província romana ao norte da África, hoje atual região da Argélia, no ano de 354. Iniciou seus estudos em sua cidade natal, seguindo depois para Cartago. Ensinou retórica e gramática, tanto no Norte de África como na Itália. Ficou conhecido como o Filósofo e Teólogo de Hipona. Polemista capaz, pregador de talento, administrador episcopal competente, teólogo notável, ele criou uma filosofia cristã da história que continua válida até hoje em sua essência.
Inspirado no tratado filosófico, Hortensius, de Cícero, converteu-se em ardoroso pesquisador da verdade, aderindo ao maniqueísmo. Com vinte anos, perdeu o pai e ficou sendo o responsável pelo sustento da família. Mudou-se para Roma. Sua mãe foi contra a mudança e Agostinho teve de enganá-la na hora da viagem. De Roma viajou a Milão, onde foi novamente professor de retórica. Foi influenciado pelos estóicos, por Platão e o neoplatonismo, também estava entre os adeptos do ceticismo. Em Milão, conheceu Ambrósio que o converteu ao cristianismo. Agostinho voltou ao norte da África, onde foi ordenado sacerdote e, mais tarde, consagrado bispo de Hipona. Combateu a heresia maniqueísta que antes defendia e participou de dois grandes conflitos religiosos: o Donatismo e o Pelagianismo. Sua obra mais conhecida é a autobiografia Confissões, escrito, possivelmente, em 400. Em A Cidade de Deus (413-426) formulou uma filosofia teológica da história.

(fonte: http://www.cacp.org.br/quem-foram-os-pais-da-igreja/)
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Os pré-reformadores e os reformadores:

Como se reservar moralmente e espiritualmente em meio a tanta corrupção? A igreja estava vivendo um período pior que o das perseguições, o problema estava nos púlpitos das igrejas. Havendo corrupção de todas as formas. Homens foram levantados por Deus para darem testemunhos da verdade (palavra de Deus), como Pedro Bruys que tinha um espirito indomável, e que em suas pregações provocavam o clero católico, iniciando uma perseguição contra Pedro, que viveu fugindo. Seus ouvintes aderindo ao movimento, mesmo com a perseguição da Católica tentando sufoca-los, o Espirito Santo impulsionou-os a desafiá-los.

John Wycliffe: Era a favor da Bíblia como autoridade, e não o papa. Queria reformar a igreja, sendo contra as vendas de indulgências, e diversos dogmas, sua convicção era mostrar que Cristo era o Chefe e o cabeça da Igreja e não o papa. Sendo considerado um herege acabou refugiando no Sul da Boêmia, onde continuou sua luta pela reforma. Anos depois sua morte em 1384, ele foi considerado herege pelo concílio de Constança, sendo seus restos mortais exumados e queimados. Wycliffe ficou conhecido também como “ a estrela d’Alva da Reforma”.

John Huss (1373-1415): Jan Huss foi um precursor da reforma protestante na Boêmia sob a influência das ideias de John Wycliffe. A Igreja Moraviana, que existe até hoje, é herdeira de Jan Huss. Foi condenado por heresia e executado em uma fogueira no dia 6 de julho de 1415. Algumas de suas ideias mais radicais foram:
1) Ser membro da Igreja hierárquica não é garantia de ser membro da verdadeira Igreja. 2) Somente aqueles que foram predestinados por Deus antes da fundação do mundo são membros da verdadeira Igreja. 3) Cristo somente e não o papa é o Cabeça da Igreja; 4) Oposição as indulgências.5) Somente a Bíblia é a regra de fé e prática. “Ele chegou até a estaca olhando para ela sem medo. Ele subiu nela depois que dois assistentes do carrasco haviam rasgado suas roupas… Naquele momento, um dos eleitores, o príncipe Ludwig do Palatinado, subiu e implorou que Huss voltasse atrás, para que fosse poupado da morte nas chamas. Mas Hus respondeu: ‘Hoje vocês assarão um ganso magro, mas em cem anos ouvirão um cisne cantar. Não serão capazes de assá-lo e nenhuma armadilha ou rede poderá segurá-lo’. O príncipe voltou cheio de pena e muita admiração”.

Jerônimo Savonarola nasceu na cidade italiana de Ferrara, no ano de 1452.  Grande foi o seu desapontamento ao ver que o povo florentino era tão depravado como o dos demais lugares. Então, inflamado com o fogo do Espírito Santo e sentindo a iminência do julgamento de Deus, começou a pregar contra o vício, o crime e a corrupção desenfreada na própria igreja. Era comum, durante seus sermões, homens e mulheres de todas as idades e de todas as classes romperam em veemente choro. Foi morto em 1498, por ordem do Papa, queimado em praça pública. Sua últimas palavras foram: “Muito mais sofreu Jesus por mim.”
Falta tempo para dizer sobre Os VALDENSES um dos primeiros movimentos por volta de 1174; de WILLIAN TYNDALE (1484-1536) contemporâneo e amigo de Martinho Lutero
 A Reforma protestante foi um movimento reformista cristão no inicio do século XVI liderado por Martinho Lutero, e que em 31 de outubro de 1517, pregou na porta da igreja do castelo de Wittemberg, protestando contra diversos pontos doutrinários da Igreja Católica, propondo uma reforma na própria igreja. Os princípios fundamentais da Reforma eram conhecidas como cinco solas:
SOLA FIDE – Somente a fé;
SOLA SCRIPTURA – somente a Escritura;
SOLA CHRISTUS – somente Cristo;
SOLA GRATIA – somente a Graça;
SOLA DEO GLORIA – Glória somente a Deus.

Deus usou estes homens para preservar a Sua Palavra e que chegasse até nós no Séc-XXI para podermos desfrutar da sua GRAÇA MARAVILHOSA.
"Maranata! ora vem Senhor Jesus"

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